Medicina Nuclear

O QUE É, QUANDO É INDICADO E QUAIS OS EXAMES?

O que é Medicina Nuclear?

A medicina nuclear é uma especialidade médica que está crescendo rapidamente devido à sua capacidade de fornecer diagnósticos precisos e tratamentos eficazes para uma ampla gama de doenças. Esta área da medicina utiliza materiais radioativos de forma segura para visualizar e tratar condições médicas, desempenhando um papel crucial na detecção precoce e no tratamento de doenças. Neste artigo, abordaremos o que é a medicina nuclear, como funciona, os benefícios que oferece, e desmistificaremos alguns dos mitos associados a ela.

É uma especialidade médica que utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas, conhecidas como radiofármacos, para diagnosticar e tratar diversas doenças. Ao contrário de outros procedimentos radiológicos, que focam nas características anatômicas dos tecidos, a medicina nuclear permite a avaliação do comportamento metabólico dos órgãos, possibilitando a detecção de anomalias funcionais antes que alterações morfológicas ocorram.

Como Surgiu a Medicina Nuclear?

A Medicina Nuclear tem suas raízes na descoberta da radioatividade no final do século XIX. Desde então, avanços significativos foram feitos, incluindo o desenvolvimento de novos radiofármacos e tecnologias de imagem mais precisas. Os principais marcos incluem:

  • Década de 1930: Introdução de radioisótopos na pesquisa médica.
  • Década de 1950: Desenvolvimento das primeiras câmeras gama.
  • Década de 1970: Introdução da PET e SPECT, revolucionando a capacidade de obter imagens funcionais tridimensionais.
  • Anos Recentes: Avanços em radiofármacos específicos para diferentes tipos de células e tecidos, aumentando a precisão diagnóstica e terapêutica.

Para que Serve?

A principal função da medicina nuclear é auxiliar no diagnóstico e tratamento de diversas condições médicas. Ela é especialmente útil para:

  • Diagnóstico precoce de doenças.
  • Monitoramento da progressão de doenças.
  • Avaliação da eficácia de tratamentos.
  • Planejamento de terapias específicas, como a radioterapia.

Campos de Estudo

A medicina nuclear é uma área multidisciplinar que integra conhecimentos de diversas áreas para otimizar diagnósticos e tratamentos. Abaixo, exploramos alguns dos principais campos de estudo que contribuem para o avanço desta especialidade médica.

Imagem Molecular

  • Estudo das interações moleculares e celulares no corpo humano.
  • Desenvolvimento de novos radiofármacos para diagnósticos e tratamentos.

Terapia

  • Uso de radioisótopos para tratamento de doenças, especialmente câncer.
  • Desenvolvimento de novos métodos terapêuticos utilizando radiação.

Física Médica

  • Estudo dos princípios físicos que sustentam a medicina nuclear.
  • Desenvolvimento de novas tecnologias e métodos de imagem.

Radiobiologia

  • Estudo dos efeitos biológicos da radiação.
  • Desenvolvimento de métodos para minimizar efeitos adversos.

Diagnósticos com Medicina Nuclear

Oncologia

  • Identificação e estadiamento de cânceres.
  • Monitoramento da resposta ao tratamento.

Cardiologia

  • Avaliação da perfusão miocárdica (fluxo sanguíneo no coração).
  • Diagnóstico de doenças coronarianas.
  • Estudo da função ventricular.

Neurologia

  • Diagnóstico de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
  • Avaliação de epilepsia e outras condições neurológicas.

Endocrinologia

  • Avaliação da função tireoidiana.
  • Diagnóstico e tratamento de distúrbios hormonais.

Ortopedia

  • Identificação de fraturas ocultas e osteomielite.
  • Avaliação de metástases ósseas.

Lista de Exames

Prazer,
Dra. Simone Brandão

Sou Médica Nuclear e Cardiologista com especialização em Patologia Cardiovascular pela Université Paul Sabatier – Hôpital Rangueil, Toulouse/França (2003). Concluí meu Mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE em 2004 e meu Doutorado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo – USP em 2008.

Desde 2008, coordeno o Serviço de Medicina Nuclear do Hospital das Clínicas da UFPE. Além disso, sou Professora Associada III no Departamento de Medicina Clínica, onde coordeno a disciplina de Métodos Complementares de Diagnóstico desde 2010. Também integrei o corpo docente da Pós-graduação em Ciências da Saúde da UFPE, atuando como coordenadora acadêmica de 2013 a 2015 e vice-coordenadora de 2017 a 2018. Em 2019, migrei para a pós-graduação de cirurgia da UFPE, onde coordeno a disciplina Métodos Diagnósticos em Imagem em Cirurgia, uma das minhas atuais linhas de pesquisa.

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